Cirurgia Plástica é uma cirurgia, por isso deve-se ser realizada por médicos especializados em Cirurgia Plástica. A internet facilitou muito o acesso à informações e procedimentos que nem sempre são confiáveis.
Aqui você poderá esclarecer suas dúvidas e caso ainda tenha alguma pergunta não esclarecida entre em contato conosco.
O que se divulga:
Novo método para tratamento de gordura localizada pela associação de 2 técnicas existentes: a lipoaspiração (com micro-cânulas) e hidrolipoclasia ultra-sônica (método criado por médico italiano que consiste em aplicar uma solução diretamente no tecido gorduroso e em seguida aplicar ultrassom sob a pele local fazendo com que as ondas ultrassônicas provoquem uma ruptura na membrana das células gordurosas levando-as a explodir e liberar a gordura que será eliminada do corpo via fezes e urina). Preconiza ampliar as vantagens e reduzir as desvantagens de ambas. A principal indicação para esta técnica são as gorduras localizadas de pequeno volume. Não necessita de hospitalização e é realizada com anestesia local. Dizem que a solução aplicada contém substâncias que vão aumentar a lipólise e a drenagem da micro-circulação linfática regional.
Fato:
HLPA, mini-lipo, micro-lipo, lipo-light, lipomodulação etc., são todas terminologias com apelo comercial para a lipoaspiração setorizada ou fracionada acrescida de uma ou outra coisa. Na essência o que muda entre uma e outra é só mesmo o nome da “técnica” e de seu “criador”, apresentando uma embalagem diferente de velhos conhecidos. Existe uma tentativa dos profissionais que não estão legalmente habilitados a transformar a lipoaspiração em um método “não cirúrgico”. Atualmente a maioria dos cirurgiões plásticos utiliza cânulas de calibre entre 3 e 4 milimetros, portanto micro-cânulas. Não existe publicação em revistas científicas consideradas sérias de que a hidrolipoclasia ultra-sônica seja válida tanto do ponto de vista metodológico como científico. Sendo assim, a HLPA não tem embasamento convincente até o momento que possa sustentá-la.
Cuidados:
Com objetivo de garantir ao paciente segurança e bem-estar e informar aos médicos os limites e critérios de execução da lipoaspiração, o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou a Resolução n° 1.711/2003, regulamentando o assunto. Segundo o CFM, fica determinado que o profissional que vai executá-la deve estar habilitado a fazê-lo, tendo experiência mínima de dois anos em cirurgia geral com residência médica reconhecida e título de especialista. Portanto, médicos com formação em especialidades clínicas estão impedidos de executá-la.
* fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
O que se divulga:
Profissionais com dita especialização em medicina estética, divulgando técnicas novas e dados científicos surpreendentes. Cirurgias sem cicatrizes, indolores, sem hematomas ou edemas. Métodos de preenchimento para esculpir corpos e faces que fariam Michelangelo morrer de inveja e sem efeitos colaterais. Laser de última geração, melhor do que todos até agora.
Fato:
A população em geral infelizmente apresenta falta de contato formal com a ciência, falta de domínio do jargão científico e principalmente uma deficiência na capacidade de análise crítica, objetiva, que um bom observador externo necessita para avaliar a real validade de uma técnica ou artigo científico. Cirurgias sempre deixam marcas, algumas muito discretas, outras nem tanto, o que se consegue é que fiquem dissimuladas ou esvaeçam com o tempo. Substâncias revolucionárias à época como o silicone líquido e que foram injetadas sem critério para preencher os tecidos mostraram-se bombas de efeitos devastadores após vários anos. Recentemente o Lipostabil (fosfatidilcolina) foi proibido pela Vigilância Sanitária devido à falta de comprovações científicas sobre a sua efetividade e segurança a longo prazo quando já era usado sem o menor critério em clínicas de estética. (http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2002/301202.htm). A evolução tecnológica dos equipamentos é muito rápida, e geralmente sua colocação no mercado não é precedida de avaliações cautelosas de suas qualidades e potenciais malefícios.
Cuidados:
Medicina Estética não é reconhecida como uma especialidade médica. Em abril de 2002 a resolução nº 1634/2002 do Conselho Federal de Medicina -CFM, estabelece quais são as especialidades médica reconhecidas pelo CFM, Associação Médica Brasileira-AMB e Comissão Nacional de Residência Médica – CNRM. Posteriormente é complementada pela RESOLUÇÃO CFM Nº 1.666/2003. Destacam-se os textos dos artigos 3° “ Fica vedado ao médico a divulgação de especialidade ou área de atuação que não for reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina ou pela Comissão Mista de Especialidades”, e Art. 4º “O médico só pode declarar vinculação com especialidade ou área de atuação quando for possuidor do título ou certificado a ele correspondente, devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina.” Apesar de a resolução ser bem clara e não reconhecer a Medicina Estética como especialidade médica, existem diversos profissionais que se intitulam especialistas em medicina estética e divulgam-se como especialistas sem possuir título de especialista para tal. Além de contrariar uma resolução do Conselho Federal de Medicina, acabam por iludir a população que acredita que existe uma especialização denominada medicina estética.
Resolução CFM nº 1.666/2003 – Especialidades.
* fonte: http://www2.cirurgiaplastica.org.br/ "Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica"
O que se divulga:
Novas e revolucionárias técnicas, sorteios de cirurgias, fotos de “antes” e “depois”, divulgação de resultados e endereço das clínicas em programas populares de televisão.
Fato:
Por se tratarem de meios de divulgação leigos, vendidos em bancas de jornais, sabe-se que algumas revistas ”especializadas” oferecem espaço pago para que os profissionais divulguem o que bem entenderem, seja verdadeiro ou não. Com as matérias pagas e sua tiragem prometem um aumento na demanda dos pacientes às clínicas e consultórios. É freqüente o uso do “antes” e “depois”, sendo todas estas práticas condenadas pelo código de ética médica. Existem dezenas de processos em andamento nos conselhos regionais e federal de medicina por estas práticas. As penas variam de advertência até a cassação do diploma do médico infrator.
Cuidado:
Antes de ir a um profissional consulte a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Lá você saberá se ele é um membro da sociedade, foi aprovado em suas provas, tem seu título de especialista e se há algo que o desabone. Não se esqueça: medicina estética não é uma especialidade e somente as duas sociedades citadas é que podem responder por seus profissionais.
* fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
O que se divulga:
A plástica sem cortes, que pode ser aplicada no rosto e no corpo. A Bioplastia age restabelecendo volumes e corrigindo sulcos e rugas. Como parte do processo, os sinais de beleza são criados ou restabelecidos, permitindo uma melhora da aparência. A Bioplastia entre outras aplicações pode aumentar as maçãs do rosto, redesenhar e definir a mandíbula , retificar o nariz , aumentar os lábios , aumentar o glúteo e a panturrilha. O Material injetado pode ser utilizado em ossos, músculos, gordura e pele.
Fato:
A Bioplastia é realizada com injeções do PMMA, ou microesferas de polimetilmetacrilato, uma substância biocompatível (aceita pelo corpo) porém inabsorvível e definitiva. Ë usado na medicina desde os anos 50 em próteses de quadril e posteriormente para implantes intra-oculares. Só recentemente passou a ser utilizado em tratamentos estéticos em concentrações de 2, 10 e 30 %. A Vigilância Sanitária liberou este produto em seringas de 1ml para a correção de pequenos defeitos.
Cuidado:
Os médicos que tem preconizado a Bioplastia vem utilizando quantidades absurdas como 100, 200 ou até mesmo 500 ml como por exemplo no aumento de glúteos. É sempre muito perigoso o uso inadequado de produtos médicos que não tem respaldo cientifico suficiente e de longo prazo e que não foram devidamente testados e autorizados para a indicação diferente da original. Existe um grande risco de infecções e complicações crônicas com o uso do produto que fica integrado aos tecidos em que foi implantado. Já começam a surgir casos documentados de grandes áreas de necrose, infecções recentes e tardias de difícil controle local e até a cegueira. A enganosa publicidade na facilidade e segurança do método pode trazer conseqüências tão desastrosas como a que se viu com o uso de silicone líquido no passado.
* fonte: http://www2.cirurgiaplastica.org.br/ "Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica"
O que se divulga:
É um método não cirúrgico para o tratamento da flacidez da face e pescoço em substituição ao “lifting” tradicional. É um procedimento realizado com anestesia local e muito menor do que a cirurgia. Um fio é implantado na camada profunda da gordura facial não sendo visível e nem sentido pelo toque. O número de fios utilizados dependerá das áreas tratadas e do grau de flacidez, podendo variar de 2 a até 14 fios.
Fato:
O fio russo é um fio de polipropileno com farpas especialmente orientadas que pretendem ser capazes de funcionar como uma âncora no tecido facial. São aplicadas de acordo com direções que realizam o efeito de elevação pretendido. As farpas procuram impedir que o fio se mova mantendo a tração. Não se sabe se os resultados são duradouros. Como todo método cirúrgico, para se evitar complicações necessita de uma curva de aprendizado.
Cuidado:
É um método bastante novo, sem estudos de médio e longo prazo com população determinada. Se mal aplicado ou ocorrer o emagrecimento da face pode se tornar visível e sensível ao tato. Existe também a possibilidade de assimetrias por trações inadequadas. Em casos de infecções pode ser difícil de remover.
* fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica